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Esportivo |
Tratamento inovador reduz recuperação à metade |
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Cicatrização mais rápida, redução em 50% do tempo de recuperação e melhor qualidade dos tecidos. É isso que o tratamento de lesões por meio do fator do crescimento possibilita a desportistas que optam pela nova terapia, ainda recente no Brasil. |
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O traumatologista esportivo, Dr. Sidney Schapiro, um dos pioneiros na aplicação do tratamento no Brasil, explica como o fator de crescimento funciona: |
- O fator de crescimento está em nosso sangue, nas plaquetas. Ele estimula a cicatrização, a formação de tecido e possibilita o crescimento de diferenciação celular mais apurado. |
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De acordo com Dr. Schapiro, exames de ressonância magnética comprovam que na metade do tempo convencional de recuperação, o tecido já está regenerado e integrado, principalmente porque acelera a cicatrização dos tecidos: |
- O tratamento consiste no processamento do sangue do próprio atleta fazendo com que o número de plaquetas concentradas aumente de 6 a 9 vezes naquela porção de sangue. Isso injetado no local da lesão, ou que sofreu a cirurgia, vai antecipar algumas etapas da cicatrização. O músculo volta a formar fibras musculares, ao invés de fibroses, que são tecidos semelhantes ou um pouco mais rígidos. |
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Entretanto, o médico especialista em cirurgia do joelho ressalta que o tratamento ainda não é mais difundido no país basicamente por dois motivos: primeiro, o preço; segundo, a desconfiança dos médicos. |
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Dependendo do tipo de lesão, o uso do fator de crescimento pode custar de R$ 3 mil a R$ 5 mil. No entanto, Schapiro atribui a ainda baixa utilização do fator de crescimento à desconfiança de médicos em relação ao novo, os quais questionam os resultados obtidos mediante o novo processo. Ao que ele rebate: |
- A qualidade do tecido formado é bem melhor (que as fibroses), além do tempo de recuperação ser 50% menor. Colegas, que estão "na contramão da história", não acreditam nos resultados. Mas só o dia-a-dia vai mostrar para todo mundo que a gente tinha razão. |
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Casos bem sucedidos |
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O tratamento através do fator de crescimento é recente, ele passou a ser utilizado no Brasil há cerca de dois anos e meio. Em maio de 2007, a zagueira da seleção brasileira de futebol feminino, Juliana Cabral, foi operada pelo Dr. Schapiro. Três meses após a cirurgia ela já estava de volta aos gramados, quando pelo tratamento convencional, o tempo de recuperação seria de cerca de seis meses. |
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Schapiro ressalva que a rápida recuperação do atleta não depende apenas uso do fator de crescimento. Segundo o traumatologista, após a cirurgia o atleta deve iniciar rapidamente um trabalho intensivo de fisioterapia para a obtenção de resultados mais breves. |
- É preciso a ousadia de fazer uma fisioterapia mais rápida. |
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Outro exemplo bem-sucedido do tratamento ocorreu com a maratonista Marizete Moreira dos Santos, que há quatro anos sofria de dor crônica no tendão de Aquiles. Como as plaquetas carregam o fator de crescimento não apenas muscular, mas também o ósseo, o tendíneo e até o do músculo cardíaco, a atleta pôde apostar na nova alternativa. Sem a necessidade de cirurgia, Marizete recebeu a injeção de fator de crescimento na região lesionada e apenas dois meses depois pôde voltar a correr sem dores. |
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Segundo o traumatologista, a prática já é comum em países da Europa e nos Estados Unidos. Ele cita o Benfica (Portugal) e o Real Madrid (Espanha) como clubes de futebol que aplicam o tratamento em seus atletas. No Brasil, o jogador Jonatas, do Flamengo, também foi submetido ao inovador procedimento. |
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Fonte: Terra Magazine |
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